sábado, 9 de febrero de 2013

La vuelta de la duda








Voltear
en el giro in-esperado
un Que...
un Como?
Y un por qué inexistente



viernes, 26 de octubre de 2012

Sensación en momento determinado


Tengo sensación de odio.

Repetidas veces ese eco que se pronuncia en los días en que (no) soy o soy a medias tintas. Eco alrededor, una masa que se aleja en el olvido, en la mala impresión o en el odio mismo.

Entonces hay pánico y furia. No es destructivo, no hay objetos romperse en el aire. Hay trozos de vida despedazándose en el vientre. Pánico y remover con un dedo el concentrado invisible del ombligo.

Odio alrededor. Proyección de odio. Desaparecer y desearlo. 

miércoles, 17 de octubre de 2012

Ya no sé



Mucha lluvia en esta tapa celestial
cae cae cae agua
cae este poema casi  no descubierto 


Ya no sé si
distancia equidistante
es demasiado cerca, si
es demasiado lejos

¿Volverá a derretirse mi blancura?
Ya no sé cuándo
se volverán a deshojar
las ramas de mi piel

Las canciones que escuchamos
los libros que leímos
ya no sé cuándo
poseerán ese poder legítimo
todo lo que teníamos

Las playas me resultan inocuas
no reconozco el olor a sal
el sol amarillo ya no irradia
ya no…

miércoles, 15 de agosto de 2012

Sin título otra vez

Que es morada y hogar
que es sensible a lo efímero
ella. siempre. ella.
forzada al agujero
que es destino
golpe seco
del fondo
y silencio

martes, 5 de junio de 2012

Diálogo de surdos interrompido

Un poema de Nuno Félix da Costa que en un preciso momento me hizo comprender: 


Por vezes a voz do leitor chega-nos -
O mar ferve-me no corpo
Sou as gaivotas de uma ilha seca
Os pontos de fuga são demasiados - Deslaço
Pertenço a todas as festas a todas as filosofias a todos os clubes
Todos os palhaços me fazem rir
Em todos os écrans me disperso idêntico a cada outro
que me atravessa sem se fazer compreender


O mar ferve-te no copo como se voasses em todas as gaivotas
de uma falésia intransponível
Os pontos de fuga multiplicam-te - desmancham-te
mas isso é próprio das condições periclitantes
Na rota para a ilha luxuriante todos os náufragos serão salvos
Lá pertences a todas as festas a todas as filosofias a todos os clubes
Os écrans onde te dispersas homogeneizam-te idêntico a cada qual
Só palhaços atravessam o deserto contigo - Mudos
reinam sobre as miragens que por ti ascendem e te desconstroem
O destino é algures o reservatório onde o tempo não dura
que as raízes não penetram mas a engrenagem fulgurante do eclipse
Ilha de volátil granito rodeado pela mecânica firme do mar -
não tens sede senão de nitidez na tua própria presença

Quero partir e sinto nos pés o peso do granito
Daqui a milhares de anos o granito 
será areia que o vento arrastra para longe
Eu serei vento?




viernes, 1 de junio de 2012

Mitades


Olvidar los cafés a medio beber
el té a medias también
y los zumos
de naranja
en partes
un lado
y otro

luciérnagas y búhos
campeando de día
olvidadizo ser
en su oscuridad

o desaparecer la otra mitad…
vaciar el toque
de queda

viernes, 20 de abril de 2012

A ela

Ao falar do passado dum pássaro
e duma personagem literária 
acho
agora
mais que nunca
na importância da linguagem




“Insignifiquei” o meu passo vital
enquanto vi-te e ouvi-te
pelo teu écran pessoal

não couberam os comparativos
receio com terror
desgraça com infortúnio
sorte com esperança


nem os mais construtivos
re-
sobre-
de-
...reclinar, sobreviver, decair
são só alguns exemplos

aquilo foi uma conversão do feito
por via de regra